terça-feira, 5 de abril de 2011

Você pode pagar por um par de tênis, por um ingresso para assistir ao novo filme de Hollywood e por um telefone celular recém lançado. Sim, você pode, e o mundo diz que você deve fazer isso. Senão, obviamente, você não é tão bom quanto o seu colega. 

Você pode pagar por vastas e inúmeras coisas, mas nunca poderá ter através do pagamento algo que não custa nada - mas vale muito mais do que qualquer quantia. Momentos. Momentos que serão difíceis de esquecer, como ganhar uma corrida e sentir aquela sensação de triunfo indescritível; assistir a um filme romântico ao lado daquela pessoa que faz você sentir especial; ou então, quem sabe, falar durante horas com seu pai, que está longe e você não o vê há vários meses.

Você pode pagar pelos objetos, mas não pelas situações. Pode, pode sim. Mas também pode usufruir de seus amores e temores sem precisar comprar tanto, sem precisar aderir dessa maneira tão selvagem ao capitalismo, que mais destroi do que constroi. É fato que alguns momentos derivam de objetos, de 'coisas' compradas, porém são consequências livres, apenas. A sua felicidade, sua plenitude, não depende do que você tem, mas do que você é constituído emocional e eticamente.

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