segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sombra

Angústia percorre em minhas veias e a cada batida do meu coração sinto-o afundar em meu peito. Por que sinto isso? Por que essa coisa não me deixa sorrir ou aproveitar com quem me importa? Não sinto vontade de coisa alguma. Ou melhor, sinto sim: a de dormir. Entre sentir o que sinto agora ou sentir nada, fico com a segunda opção.

Minha mão se põe sobre meu peito. Ergo meu rosto. Fecho meus olhos. A dor é insuportável. Por que fazem isso comigo? Ou será que a culpa é só minha? Existem explicações científicas para o que sinto. Eles vão argumentar alguma coisa que praticamente ninguém vai entender. A ciência acha que consegue explicar tudo... Mas eu sei que isso aqui não tem nada de científico. Sou eu e minha alma. Apenas eu, meu ser, meu sofrimento, minha dor.

A escuridão escorre em meu interior e se espalha dentro de mim. Algo molhado. Frio. Excruciante. Dormente. Percebo que em meu corpo não cabe mais isso que sinto. E percebo na hora em que essa sombra está ao meu lado. Erguendo-se sobre mim como uma poderosa força. A manifestação externa. O excesso do que está dentro de mim.

Além da agonia e da angústia, agora sinto outra coisa. Algo que se ergueu dentro de mim como a sombra o fez ao meu lado. Medo. Sinto muito medo.

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